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terça-feira, 28 de junho de 2011

Parada Gay: respeitar e ser respeitado - por Odilo Scherer

Eu não queria escrever sobre esse assunto; mas diante das provocações e ofensas ostensivas à comunidade católica e cristã, durante a Parada Gay deste último domingo, não posso deixar de me manifestar em defesa das pessoas que tiveram seus sentimentos e convicções religiosas, seus símbolos e convicções de fé ultrajados.

Ficamos entristecidos quando vemos usados com deboche imagens de santos, deliberadamente associados a práticas que a moral cristã desaprova e que os próprios santos desaprovariam também. Histórias romanceadas ou fantasias criadas para fazer filmes sobre santos e personalidades que honraram a fé cristã não podem servir de base para associá-los a práticas alheias ao seu testemunho de vida. São Sebastião foi um mártir dos inícios do Cristianismo; a tela produzida por um artista cerca de 15 séculos após a vida do santo, não pode ser usada para passar uma suposta identidade homossexual do corajoso mártir. Por que não falar, antes, que ele preferiu heroicamente sofrer as torturas e a morte a ultrajar o bom nome e a dignidade de cristão e filho de Deus?!

“Nem santo salva do vírus da AIDS”. Pois é verdade. O que pode salvar mesmo é uma vida sexual regrada e digna. É o que a Igreja defende e convida todos a fazer. O uso desrespeitoso da imagem dos santos populares é uma ofensa aos próprios santos, que viveram dignamente; e ofende também os sentimentos religiosos do povo. Ninguém gosta de ver vilipendiados os símbolos e imagens de sua fé e seus sentimentos e convicções religiosas. Da mesma forma, também é lamentável o uso desrespeitoso da Sagrada Escritura e das palavras de Jesus – “amai-vos uns aos outros” – como se ele justificasse, aprovasse e incentivasse qualquer forma de “amor”; o “mandamento novo” foi instrumentalizado para justificar práticas contrárias ao ensinamento do próprio Jesus.

A Igreja católica refuta a acusação de “homofóbica”. Investiguem-se os fatos de violência contra homossexuais, para ver se estão relacionados com grupos religiosos católicos. A Igreja Católica desaprova a violência contra quem quer que seja; não apoia, não incentiva e não justifica a violência contra homossexuais. E na história da luta contra o vírus HIV, a Igreja foi pioneira no acolhimento e tratamento de soro-positivos, sem questionar suas opções sexuais; muitos deles são homossexuais e todos são acolhidos com profundo respeito. Grande parte das estruturas de tratamento de aidéticos está ligada à Igreja. Mas ela ensina e defende que a melhor forma de prevenção contra as doenças sexualmente transmissíveis é uma vida sexual regrada e digna.

Quem apela para a Constituição Nacional para afirmar e defender seus direitos, não deve esquecer que a mesma Constituição garante o respeito aos direitos dos outros, aos seus símbolos e organizações religiosas. Quem luta por reconhecimento e respeito, deve aprender a respeitar. Como cristãos, respeitamos a livre manifestação de quem pensa diversamente de nós. Mas o respeito às nossas convicções de fé e moral, às organizações religiosas, símbolos e textos sagrados, é a contrapartida que se requer.

A Igreja Católica tem suas convicções e fala delas abertamente, usando do direito de liberdade de pensamento e de expressão. Embora respeitando as pessoas homossexuais e procurando acolhê-las e tratá-las com respeito, compreensão e caridade, ela afirma que as práticas homossexuais vão contra a natureza; essa não errou ao moldar o ser humano como homem e mulher. Afirma ainda que a sexualidade não depende de “opção”, mas é um fato de natureza e dom de Deus, com um significado próprio, que precisa ser reconhecido, acolhido e vivido coerentemente pelo homem e pela mulher.

Causa preocupação a crescente ambiguidade e confusão em relação à identidade sexual, que vai tomando conta da cultura. Antes de ser um problema moral, é um problema antropológico, que merece uma séria reflexão, em vez de um tratamento superficial e debochado, sob a pressão de organizações interessadas em impor a todos um determinado pensamento sobre a identidade do ser humano. Mais do que nunca, hoje todos concordam que o desrespeito às leis da natureza biológica dos seres introduz neles a desordem e o descontrole nos ecossistemas; produz doenças e desastres ambientais e compromete o futuro e a sustentabilidade da vida. Ora, não seria o caso de fazer semelhante raciocínio, quando se trata das leis inerentes à natureza e à identidade do ser humano? Ignorar e desrespeitar o significado profundo da condição humana não terá consequências? Será sustentável para o futuro da civilização e da humanidade?

As ofensas dirigidas não só à Igreja Católica, mas a tantos outros grupos cristãos e tradições religiosas não são construtivas e não fazem bem aos próprios homossexuais, criando condições para aumentar o fosso da incompreensão e do preconceito contra eles. E não é isso que a Igreja Católica deseja para eles, pois também os ama e tem uma boa nova para eles; e são filhos muito amados pelo Pai do céu, que os chama a viver com dignidade e em paz consigo mesmos e com os outros.

 

 Publicado em O SÃO PAULO, ed. de 28.06.2011
Card. Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo

Festival Halleluya 2011 - Amor e Obediência

Fico muito feliz com a beleza e a qualidade que o Halleluya, agora denominado Festival Halleluya vem crescendo a cada ano. Hoje com essa nova cara posso dizer que me identifiquei muito. A música ja era uma grande característica que consagrava o evento, agora com a valorização do Teatro e a dança, posso dizer que o Halleluya vem se moldando e se completando a cada Edição.      Ao saber dessa novidade não perdi tempo e coloquei em oração e busquei me preparar para o festival de Teatro. Sempre focado na vontade de Deus, nesse, por exemplo, quis o máximo de sua vontade e deixei claro em minhas orações esse desejo. Reuni os interessados e planejei os traços para nossa participação. Em nossa primeira oração juntos colocamos acima de tudo essa vontade extrema de fazer a vontade de Deus. Ao passar do tempo conseguimos com ajuda de amigos e incentivadores tudo que geralmente é mais difícil de conseguir no teatro que seriam os figurinos, maquiagem, transporte, local e até mesmo o cenário, mas Deus queria muito mais de nós.
Já felizes com toda a providência alcançada notamos que nosso tempo não batia com os horário e dias de ensaio e em uma de nossas orações pedimos a Deus que nos ajudasse nas dificuldades e que se de fato não for a vontade de Deus participar desse evento nos avise antes mesmo que o entusiasmo, a empolgação e até a euforia tomasse de conta de nosso ser, pois não seria confortável esse sentimento num evento cristão e pior ainda se diante de tudo pronto para a participação nos deparasse com a notícia que não daria pra nos apresentarmos, seria frustrante.
Após nossa oração, ensaiamos um pouco e no meio dos ensaios notamos esse choque de datas. Conversamos, buscamos soluções, analisamos e chegamos a conclusão que não seria somente coincidências, mas um alerta que Senhor vinha nos da. Não estávamos preparados para esse evento e se mesmo estivéssemos seria bem melhor seguir a voz do salvador. Conformamos-nos e decidimos não mais participar desse evento. Confesso que como diretor da peça e orientador do grupo fiquei mexido por uns 3 dias, mas muito feliz por ter aprendido a obedecer a Deus com muita maturidade e amor.
Com o tempo descobri que minha vida estava passando por um processo de purificação. Esse processo de purificação é necessário em minha vida e Deus por saber disso vem manifestando sua vontade a cada dia. Ontem por exemplo, minha mãe em suas orações me mostrou uma passagem que falava dessa mudança e desse amor que estava preparando em minha vida e também vinha me alertar de coisas que venha fazendo e que não são agradáveis aos olhos de Deus. Depois desse aviso e essa proclamação fui para meu quarto ciente da vontade de Deus na minha vida.
      Deus sabe e conhece seus filhos e comigo não foi diferente. A poucos dias soube de mudanças de datas no Festival Halleluya que de fato tornaria totalmente viável nossa participação. Meu coração humano quis lá no fundo manifestar uma vontade de voltar atrás em nossa decisão, porém não foi tão forte quanto minhas palavras profundas conseguem descrever, foi um sentimento fraco e muito mais inferior do que o prazer de fazer a vontade de Deus. Eu talvez não saiba o que Deus quer pra mim, mas ao que me falar eu ei de obedecer. Ciente dessa decisão nem ao menos passei para os demais essa mudança, falarei depois, não agora, depois.
Novos planos surgem e agora minha prioridade e organizar, preparar e orar muito para outro festival de teatro organizado pela Comunidade Recado em setembro. Só recapitulando, no ano passado depois de ter passado por diversas tormentas participei da 3ª edição desse festival onde obtivemos a graça de conquistar o 3º lugar e os prêmios de melhor ator (eu) e melhor Atriz (Érica Ferreira, uma grande amiga de caminhada) com a peça "Capitão Fura-bucho VS Tonha do Tiro". Abaixo vocês podem rever nossa apresentação disponível no meu Canal do You Tube: Click Aqui!



Hoje não estava em meus planos escrever tudo isso, mas meu coração bateu muito mais forte que o habitual quando ao vasculhar as novidades do Site Oficial do Halleluya e me deparar com um vídeo muito lindo, criativo e emocionante de um dos inscritos na categoria dança. Bateu no meu coração uma alegria extrema de saber que nossa arte católica vem a cada dia crescendo estruturalmente, tecnicamente, talentosamente (num sei nem se existe essa palavra) e principalmente espiritualmente, pois a base de tudo é evangelização e a proclamação do evangelho em todas as nações. Abaixo podemos acompanhas esse vídeo, espero que os organizadores postem mais vídeo e também do Teatro, queremos ver o desempenho da galera que pode ter a máxima certeza que contara com nossas orações.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

História do teatro no Brasil



O teatro brasileiro surgiu quando Portugal começou a fazer do Brasil sua colônia (Século XVI). Os Jesuítas, com o intuito de catequizar os índios, trouxeram não só a nova religião católica, mas também uma cultura diferente, em que se incluía a literatura e o teatro. Aliada aos rituais festivos e danças indígenas, a primeira forma de teatro que os brasileiros conheceram foi a dos portugueses, que tinha um caráter pedagógico baseado na Bíblia. Nessa época, o maior responsável pelo ensinamento do teatro, bem como pela autoria das peças, foi Padre Anchieta.
O teatro realmente nacional só veio se estabilizar em meados do século XIX, quando o Romantismo teve seu início. Martins Pena foi um dos responsáveis pôr isso, através de suas comédias de costumes. Outros nomes de destaque da época foram: o dramaturgo Artur Azevedo, o ator e empresário teatral João Caetano e, na literatura, o escritor Machado de Assis


Fonte: encena

segunda-feira, 13 de junho de 2011

EU, UM TRABALHADOR DO TEATRO!

Artigo postado no Facebook de um dos grandes artista de nosso estado.
 
 
 
por Carri Costa, segunda, 13 de junho de 2011 às 02:11
 
Hoje ao terminar AS VIZINHAS, minha repetida comédia, sentei de frente pra bilheteria do TEATRO DA PRAIA e relembrei um e-mail anônimo que recebi há um tempo...
Pensei:
Existem pessoas que não fazem a menor ideia do que é ser um trabalhador dessa arte.

Então Imagina só:
Escrever ou descobrir um bom texto, algo que diga o que você quer dizer pro teu tempo, pros teus pares e impares, algo que no mínimo te arrebate.
Ai vem:
Dirigir, atuar, criar figurino, cenário, músicas, sonoplastia, adereços, maquiagem, perucas, pensar sapatos e acessórios, fechar elenco, Noites e noites de ensaio. Fechar teatro pra temporada, fotos do espetáculo, divulgação, cartazes, panfletos, às vezes anúncios, quase nunca outdoor, raramente chamadas na tv, nunca primeira pagina nos jornais de nossa cidade. Correr atrás de dinheiro pra desenrolar tudo isso, fazer projeto, pedir, chá de cadeira, pedir muito, conseguir quase nada. Divulgar, decidir bilheteria, fazer ingressos ficar tenso, estressar, criar expectativas, dar convites, estrear, AGRADAR, FAZER PENSAR, EMOCIONAR...
Ai vem a Temporada:
Lavar figurino, Chegar ao teatro 2 horas antes, montar e desmontar cenário, dar retoques, relembrar o texto, aquecer o corpo, aquecer a voz, maquiar, colocar a peruca que o personagem exige. Esperar público, às vezes esperar ator, dar descontos, SER CRITICADO, fazer promoções, fazer borderô, pagar pauta do teatro, pagar operador de som e luz, pagar contra regra, pagar divulgador, pagar autor, pagar diretor, pagar produtor, pagar gastos, o que sobra PAGAR ATOR.

Essa é aminha realidade a quase trinta anos...
De 12 meses passo 9 em cima dos palcos, todos os sábados e domingos, sem contar as apresentações fora dos fins de semana.
Realmente, é inegável, sou um trabalhador...

Deus, como eu vivo disso!
Que paixão desenfreada,
Quando fui escolhido por essa arte,
não imaginava a insanidade desse amor.

Mas TRABALHARIA tudo novamente!