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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Texto de Luís Antônio Gasparetto

Eu e você frente a frente...
É o medo e o desejo;
É a desconfiança e a esperança;
É o grito e o silêncio;
É o gelo derretendo no fogo...
Eu e você frente a frente
É ter sempre que me confrontar;
Encarar os meus erros e as minhas razões...
As minhas verdades e as minhas ilusões;
Meu poder e a minha impotência;
A minha liberdade e os meus limites...
Quando eu to na sua frente,
Eu sinto toda a minha dor,
Mas só na sua frente eu posso sentir todo o meu amor.

Ventilador (Texto passando por correções)

Felicidade é um palavra complicada de se definir e extremamente complexa na sua denominação. Haja vista que por muitas vezes já  tivermos a oportunidade de dizer em algum momento de nossas vidas que estava naquele instante "feliz". Parado no tempo, de preferência de frente ao meu ventilador foi que percebi e refleti sobre minha vida, o rumo que se seguia e até onde pude chegar. Tirei uma série de conclusões e reflexões sobre a sobre a minha vida. Então, para que a história comece de forma clara em sua explicação, irei começar no do início, mais precisamente do ponto de partida da palavra felicidade.

Felicidade e realização naquele momento se misturavam em minha vida. Nem ao menos tive tempo para separar o joio do trigo e por isso que tal definição fora de certo modo mal interpretada na prática da vida. Eu vivia em um momento feliz e realizado em minha melhor fase financeira e profissional. Me deleitava com meus amigos em festas e diversões. Poderia até ser que o dinheiro não era lá uma fartura, mas também não era um problema para quem tinha bons lugares e boas companhias. A regra era clara, se divertir. Um grupo de amigos solteiros sabem muito bem como se divertir, conhecendo sempre um ao outro, tédio não existia. A diversão não esperava pela tipica sexta, mas já estava em prática no inicio da noite de quinta. Lugar? Bom, era sempre variável, mas nunca um lugar era menos divertido do que o outro, afinal eramos nós que levávamos a diversão. A falta de comprometimento sentimental ajudou muito e com isso, um leque de possibilidade nos alimentavam a cada lugar e a cada momento vivido. Um desprendimento do pudor incalculável nos faziam ser príncipes do prazer. Coitado de quem se prendia a tal sentimento momentâneo, coitado de quem se via "apaixonado", pois diante de tanta correia e diversão, ficaria para atrás quem se olhasse apaixonado. E na fase em que vivíamos, ninguém queria ficar para atrás. Quinta, sexta, sábado... domingo. Pois bem, nos julgávamos infelizes durante a semana afim de desfrutar da quinta em diante e tirar o atraso de uma semana entediosa. Contávamos as horas e os minutos para nos encontrar novamente e seguir em nossa jornada. Até um fato veio atrapalhar nosso momento.

Em um final de semana nos encontramos em uma cidade no interior do estado. Bem aconchegado, porém bem divertida. Um pouco bêbado, me vi descontrolado por motivos bobos que nem ao menos me lembro. Saí no carro e em uma ré batei em uma arvore e por pouco não cai no rio. Saí só na cidade e bebi mais ainda. Voltei e irresponsavelmente bate o carro mais uma vez, só. No dia seguinte notamos os estragos. Não era lá um estrago, mas como o carro não era meu já da pra se imaginar minha aflição. Pois bem, o carro era do meu trabalho e eu apenas tinha a função de guardar o carro ao fim do expediente. Para não se estender nesse assunto irei logo ao fato. Por não ser meu, logo o assunto chegou aos meus superiores, sacudiu minha vida financeira e principalmente profissional. Levei uma baita punição e um senhora advertência, dai então deixei que a situação dominasse meu animo. Meus amigos tentaram de certo modo me ajudar de alguma forma, mas sabe como é. Nem todos os amigos estão no momento certo quando a gente mais precisa. Alias, nem todos os "amigos" eram amigos quando deveriam ser amigos. Em casa, diante do meu ventilador, tive a primeira reflexão.

Uma das piores sensações de quem tem carácter é ver um grande amigo perder a confiança em você. Isso foi o que senti quando meu chefe que brigou tanto para que eu tivesse uma melhor condição de trabalho, se afastar de mim de um tal forma que aos pouco essa condição foi se apartando de mim. Foi angustiante e sem sombra de dúvida de matar de vergonha. Já fiquei deprimido com isso, sem falar no tédio que deixou de ser apenas na semana para invadir também o meu final, mas obvio que esse era sem sombra de duvida era o menor dos meus problemas. Em casa, já em frente ao meu ventilador parei para pensar e percebi o quanto eu tinha "tudo" e ao mesmo tempo nada. Lembra de quando falei do desprendimento sentimental para não ficar para atrás? Pois bem, quantos momentos verdadeiramente felizes eu deixei para atrás? Quando felicidades deixei de lado em troca de momentos tão frágeis que em um conflito se desfragmentaria? Dai, pensei pela primeira vez sobre minha felicidade. Como seria? Quando seria? Com quem seria? Notei que um homem precisa muito mais do que dinheiro, carro, festas e até amigos para se notar como homem de carácter. A consciência me bateu e percebi que nunca fui um homem como eu sempre me imaginava. Notei que o mundo e suas possibilidade eram bem maiores em seus valores do que em suas quantidades. Descobri que eu poderia ser bem maior, sendo bem menor. E então deixei minha vida seguisse a normalidade, sendo eu mesmo, mesmo que nem tão normal assim.

De volta ao ventilador vi o tempo passar. Me envolvi em relacionamentos trágicos que esgotaram de mim não somente o sentimental, mas financeiro também. Aos poucos fui me afundando em uma depressão que pouco a pouco foi deixando aquela reflexão de felicidade de lado. Me encontrei agora de forma minimalista e despretensiosa em braços de outros amores, trocando outros sentimentos sem a pretensão de olhar para o futuro. Pouco a pouco eu voltava a ser como antes. Não que eu quisesse, mas por colecionar frustrações amorosas e ser alvo de tanta crítica. Mergulhei no descompromisso sentimental, onde  sexo vindo primeiro do que o amor que sempre me levava a mais uma frustração. De tanto tentar, de tanto buscar foi que me encontrei em braços também despretensiosos e sempre amor. E me vi mais uma vez só. Diante de tudo, me julguei experiente, sem saber que o amor era para amantes. Sem saber o que era o amor, me vi desviando de possibilidades e me jogando em aventuras quaisquer. Quando meu coração reagia a um possível sentimento, meu ego profissional do amor logo se jogava como um Dom Ruam do subúrbio, levando quem me amava a me amar mais ainda e me levando a estar seguro do amor tendo em vista o seu principio, meio e fim.

Pois bem, caro leito, quanto mais a gente ama, mas a gente desconhece do amor. Era sempre diante diante do ventilador que eu descobria como gente. Eu queria de fato, alguém para amar e ser amado. Por mais exigente que eu fosse, todo mundo tem esse direito. Comigo não poderia ser diferente. Olhava para o lado vi grandes amigos se transformando com as transformações do amor e eu simplesmente na mesmice. Me vi acuado e sem perspectiva sentimental. O tédio tomava conta de mim e pouco a pouco aquele estado me incomodava. Eu queria amar e ser amado. Eu tinha isso na cabeça e levantava como uma bandeira. Até que um dia, conversando com um amigo sobre isso percebo que eu não estava errado no que desejada, apenas na forma que eu desejava. Notei que era um tanto egoismo da minha parte pensar em mim em contrapartida do amor, ou seja, eu queria somente ser amado em contrapartida amar. Daí eu percebi que eu estava caindo no mesmo erro de muitos casamentos de hoje em dia, casar pra ser feliz. Percebi, diante do ventilador, que o amor seja complicado ou não é reciproco e nunca injusto. Se um dia eu amar verdadeiramente eu serei amado. E se um dia eu amar e não ser amado, é porque o amor por mais verdadeiro que fosse jamais deixaria que tal injustiça fosse feita. Foi quando percebi que meu proposito deveria mudar. A partir de então o meu coração buscava alguém para fazer feliz a ama-la, pois se existir de fato o amor, assim será naturalmente reciproco.

Deixei minha angustia de lado passei a me importar pouco com o tempo. Descobri sonhos, desejos e relações. Não amei, nem fui amado, e quando amei fui desprezado, mas dessa vez feliz, pois guardava comigo a certeza de que o amor pode ser poético, mas também sempre será justo. E assim, tão normal segui. Segui em tantos cominhos que alguns até me perdi. Até que em uma conversa com um amigo, fui direto ao declarar - "Quero amar alguém!" - surpreendentemente, esse amigo não deu risadas, apenas respondeu minha afirmação - Conheço uma pessoa muito legal, mas não sei se vai gostar -  disposto a conhecer novas pessoas, nem ao menos questionei o motivo pelo o qual possivelmente eu não gostaria e quase que imediadamente, meu amigo me passou seu contato que em uma rede social, dei o primeiro passo dizendo um simples "oi". Aquele oi não foi respondido imediatamente, foi em uma noite que sem cerimônia e aparentemente muita simpatia proporcionou um diálogo gostoso e muito harmonioso que aos poucos foi despertando minha curiosidade e interesse. Em nosso diálogo, nada de tão especial ou extraordinário, apenas uma sintonia foi despertada em cada frase dita e cada pergunta respondida. Aos poucos a ansiedade foi tomando de conta de mim e sempre ao chegar da noite eu olhava pro celular afim de ver um possível "boa noite" em minhas notificações. O diálogo se manteve e algo meio que incomum e um tanto quando irresponsável, veio tomando conta de mim. Um desejo imenso de conhece-lo pessoalmente. Ele não tinha uma agenda muito regular e quase nunca casava com o meu tempo, dai então foi se instaurando uma ansiedade e desejo imenso de conhece-lo mais e mais. O tempo foi se passando e quanto mais nos conhecíamos, mais vontade de estarmos juntos tínhamos, ou pelo menos eu tinha, pois marcamos diversas vezes, mas sempre ele tinha um protesto ou algo que viesse a desmarcar nosso encontro. Foi nesses encontros desencontrados que, diante do ventilador, percebi que algo dentro do meu coração já estava diferente. Para quem já passou por isso, talvez saberia do que se tratava. Olhar para o celular de instante em instante, está atento a cada notificação, afim de simplesmente falar com a pessoa que te deixa tão bem. Os sintomas do amor, nunca falham e em mim já era fato. O tempo se estendia e nada de eu conhecer a tal pessoa, foi quando me notei apaixonado. Sim, nunca amei dessa forma. Na idade em que eu estava, era um tanto anormal, Era de fato, comportamento para adolescentes, mas foi ai que notei que o amor não tem idades, simplesmente acontece, seja lá como for. Confesso para você caro leito, que eu particularmente, não tinha a certeza se tal ansiedade e sentimento era reciproco, até porque não era esse meu objetivo até então, mas somente de amar propriamente dito. A primeira fase do amor já estava em plena atividade e concluí, eu me apaixonei. Quem já se apaixonou, sabe do que eu estou falando. Seja qualquer forma de amar, a paixão é intensa independente de seu remetente, por esse motivo pouparei de descrever tal sentimento, afinal de contas é um sentimento universal.

Senti que tal carinho, respeito, atenção e desejo fora correspondido sempre com a mesma intensidade. Foi encantador! Meu mundo voltou a girar e tudo passou a ter mais um gosto saboroso da vida. Não eramos de passar a madrugada a dentro, sim, algumas vezes sim. Mas sempre eramos regado pelo controle, afim de não deixar a euforia sentimental nos cegar, pois tínhamos a ciência que cada passo deveria ser dado naturalmente e cuidadosamente. Para quem me conhece, sabe o quanto sou eufórico e isso pra mim foi uma verdadeira aula de comportamento. Fui disciplinado, mas sempre indo de acordo com meus sentidos e minhas necessidade. Até que chegou a hora de cobrar um encontro verdadeiro. Foi quando encontrei certa resistência, confesso a você, caro leitor, que a primeira coisa que se passou em minha cabeça fora rejeição. Eu não tinha outra coisa pra pensar e acabei pensando nisso. Fiquei aflito, não nego, mas ainda apaixonado insistir em querer entender. A explicação era unica: tempo. Pensando em um possível receio por sua parte, deixei que a melodia das músicas acalmasse essa tensão. Então lhe enviei por celular uma canção que descrevia claramente meu desejo que acredito eu, tenha sido compreendido.




Foi quando meu ventilador me proporcionou outra reflexão. Bom, entre um horário e outro, poderia eu surgir como se fosse o contra tempo do cotidiano e quebrar de vez essa barreira em nossas vidas.

Após tantos diálogos, nos conhecemos um pouco mais. Aquele desejo de nos conhecermos pessoalmente já era muito grande e como a desculpa do tempo era sempre a mesmo, obviamente que eu já havia perguntando sua rotina. Foi quando resolvi entrar definitivamente em seu tempo. Toda semana ele saia de casa para um curso em outra cidade. Para isso, tinha que pegar o mesmo ônibus todos os dias sempre do mesmo lugar, a rodoviária. Sem pensar duas vezes, me arrumei e sai de casa determinado a dar mais um passo nessa relação. Meu proposito foi claro: nos conhecer pessoalmente e sair dessa rotina do curso para uma noite de aventuras na cidade à fora. Eu tinha em mente muitas coisas legais que variavam de comer em um lugar bacana e ir ao samba que é um grande amor da minha vida. No caminho não pensei em nada, me senti determinado no que tinha fazer. Seria tudo ou nada. Pelo celular perguntei onde ele estava, me respondeu tranquilamente que estava a caminho da rodoviária. Ao chegar na rodoviária me sentei no banco e esperei um pouco. No pouco que esperei caiu um pouquinho da ficha, mesmo assim engoli a ansiedade e enfrentei a realidade que na verdade era um desejo. Ele não custou muito, em cinco minutos mais vejo ele chegando pela minha esquerda. Ao me avistar fez uma tremenda cara de surpresa que veio logo com a mão na boca, como se não acreditasse. Eu também estava na mesma situação, não tava muito acreditando que tive coragem de fazer aquilo, mas minha paixonite era tamanha que fechei os olhos e fiz. Ele se aproximou, sentou do meu lado e disse que não tava acreditando. Eu estava arrumado disposto a sair com ele, ele notou minha disposição e foi logo perguntando. Rindo e firme na minha decisão falei da minha má intensão de tira-lo do curso. Ele apenas sorria ainda como se não acreditasse, mas aí fez uma carinha triste e disse que não podia. Eu fiquei surpreso, mas me mantive firme em seguida perguntei o motivo. Pois acredita, caro leitor, que justamente naquele dia era prova final e último dia do seu curso?! Pois é, a minha ansiedade poderia muito bem ter escutado as diversas vezes em que ele justificava a falta de tempo, o bendito curso. Mas sabe como sou insistente, fingindo não estar abado e constrangido, eu firme disse que mesmo assim eu iria com ele, esperava o curso terminar e sairíamos na noite pra dormirmos juntos. Eu deu outra risada, veio novamente com a mão a boca como se continuasse a não a creditar e perguntou se realmente eu estava estava disposto a ir, eu claro disse que sim. Rimos um pouco, conversamos também e depois que realmente eu vi que não tinha como eu ir com ele, me despedi já marcando um outro dia. Olhei em seus olhos e falei da minha frustração e não ganhar um beijo em nosso primeiro encontro, ele falou o mesmo. Senti naquele momento nosso desejo em uma só sintonia, então descobrimos que tínhamos algo em comum. Ele ficou surpreso com minha ousadia e eu ficaria também surpreso com a ousadia dele, pois acredite se quiser, ele um tanto o quanto tímido me fez uma proposta que me deixou tão surpreso quanto ele estava ao me ver. O certo é que queríamos nos beijar, então ele me chamou até o banheiro, fiquei trêmulo, mas o segui. Ele entrou no boxe e logo me chamou, então eu entendi e sem pensar duas vezes eu fui. Quando entrei, olhei em seus olhos, ignorei nosso estado e o lugar, fechei os olhos e o beijei. Poderia ter sindo em qualquer outro lugar, mas quem pode escolher o lugar perfeito se não o próprio amor. Se o amor não escolhe o amado, porque o beijo escolheria o lugar? Me desliguei por alguns segundos da realidade e me conectei definidamente ao seu coração e um simples beijo que eu não esqueceria jamais.

Não demoramos muito, foram poucos segundos que significaram muito para mim. a saída foi um pouco ariscada, mas no estado em que eu estava, para mim ser preso por atentado ao puder era o menor dos meus problemas, definitivamente eu estava em estado de estase. Nos despedimos, e~e pegou o ônibus e eu voltei pra casa, feliz como muito tempo eu não estava. No caminho eu firmei a certeza que naquele momento, simples e exótico mudaria minha vida, e mudou. A parte daquele ousado fim de tarde, tudo mudou. A caminho de casa diversas notificações no celular ainda naquela noite eu receberia. O assunto não poderia ser outro se não o nosso maluco encontro. A ousadia foi então se transformando em desejos, mas sempre o destino viria para complicar um pouco nossas vidas.

Eu havia me envolvi em um grupo cultural da minha cidade que pouco a pouco vinha tomando meu tempo. O tempo se passou e justamente ainda no mês do nosso primeiro encontro, nossas emoções ainda estravam a flor da pele. O tempo dele, porém havia melhorado e possibilitou possíveis novos encontros. No entanto era eu quem dificultava, não porque eu queria, óbvio, mas porque aquele bendito grupo precisava de mim. Se me perguntares porque não o priorizei, talvez eu teria a mesma resposta que ele teria se a pergunta fosse feita a ele.

Por diversas vezes o convidei para estar presente no local onde o grupo ensaiava, apenas com intuito de me visitar. Ele já estava morando mais próximo de mim e já estava com o tempo mais flexível. Inúmeras vezes parei para olhar para a porta com a esperança de encontra-lo novamente, mas era sempre o vazio que vinha me frustrar. No celular conversamos até tarde da noite e a cada diz nos percebíamos mais apaixonados. Mas faltava realmente era a regularidade em nossos encontros. Até que certa noite de ensaios, vejo de forma tímida se aproximando até mim. Era de fato ele, e naquele momento fiquei mais nervoso e encantado. Cheguei sem jeito e o abracei. Ele ficou no cantinho sentado olhando para mim. Repetiu essas visitas algumas vezes e foi maravilhoso para mim. Quase sempre não conseguíamos conversar. Ele chegava sempre depois do inicio e sai antes do fim, impossibilitado qualquer outro diálogo. Parece loucura, mas isso me aproximava mais dele, confesso que não sei bem explicar o motivo, mas era diferente.  Certa noite, larguei o grupo e o segui até a saída. Chegando la tentei impedir sua saída, aproveitando a discrição do lugar, dei um abraço forte a carinhoso. Em seguida sem pensar duas vezes saí em sua companhia, afim de deixa-lo em casa.

O caminho parece curto, e nem era tanto, mas o prazer de estar perto nos proporciona isso. Entre conversas e risadas, a caminho nos sentimos cada vez mais próximos e mais íntimos. Sua voz suave encantava-me de uma tal forma que me fazia pensar na possibilidade de dormir escutando seus sussurros ou meu ouvido. Ele falava, falava e não parava de pensar em um futuro próximo, Sim, caro leito, eu poderia até está adiantando algo, eu poderia até está vendo um futuro não provável, mas meu coração estava tão sedente de amor que pouco me importava o tempo, pois eu guardava comigo a certeza de mais cedo ou mais tarde estarmos juntos em seus braços. O diálogo, não se estendeu muito e em poucos minutos já estávamos a uma rua de sua casa. Sentamos em um quadrado de cimento, quase parecido com um banco e continuamos a conversar. Não sei ao certo de que se tratava nosso diálogo, mas confesso a vocês que o assunto naquele momento era o menos importante quando se bastava para nós só estar pertinho um do outro. Por incrível surpresa, meu amigo, o mesmo que me passou o contato dele, estava passando na rua e nos avistou, e sem cerimônia nos interrompeu para reverenciar esse possível casal. Foi meio confuso, mas bem divertido. Ao fim, fui deixa-lo na porta de sua casa que tinha um corredor escuro antes da porta de entrada. Devagar entramos e nos aproximamos. Nos beijamos calmamente afim exalar com muita precisão cada desejo que tínhamos contido um pelo outro. No escuro, sentíamos iluminados mais uma vez e cada sensação parecia unica. Os batimentos acelerados marcavam o ritmo dos nossos corações que não deixaria de alguma forma sair da harmonia. Foi encantador. Nos beijamos mais uma vez e repetidas vezes a fim de eternizar aquele curto momento de felicidade.

A parte dali nossa vida oficialmente mudou. Nossos corações se comunicaram de tal forma que não existia diálogo que não houvesse sitônia. Conversamos sobre o amor, sobre os sonhos, sobre as estrelas que por ventura, sempre eram nossas principais testemunhas em abraços intermináveis de amor. Seguimos como todo casal, forte, firme, atencioso e extremamente carinhoso. Como todos já sabem esse meu jeito eufórico foi tomado por uma calmaria sem tamanho, transformando minhas prioridades e atividades comuns e o levando ao patamar supremo de amor. A cada dia o meu coração sentia-se conformável, mais fiel e mesmo diante de uma conturbado começo eu me notava mais próximo, mas simples e mais certo que o amor supera qualquer expectativa, mesmo diante de quem se julgava tão profissional. Daí notei que o amor, de fato é pra amadores.