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segunda-feira, 20 de abril de 2020

Minha pequena valente

Eu e Valentina. Na minha cama, despois de muito pular e brincar. Foto de Abril de 2019

Larguei todo o meu trabalho, como se nada mais importasse. Peguei uma moto e fui ao teu encontro. Ao chegar, não estava mais na casa de minha mãe. Sem pensar duas vezes fui até sua outra avó, logo abaixo, algumas casas depois. Quando me olhou, a primeira recepção foi o sorriso seguido de um grito fino do que para você é meu nome "Dedé!". Aqueles bracinhos magricelos me envolveram com tanto amor que não resistir e a capturei para casa de minha mãe, com a promessa de voltar quando o jantar estivesse pronto. Sem pensar duas vezes ergueu os braços e veio comigo. Chegando em casa voltei a ser criança e construímos nossas ilusões regidos pelo prazer de brincar. Minha mãe fingia não gostar da brincadeira, mas mesmo resmungando participava da diversão. Com spray de espumas me transformei em velhinho, papai Noel e em vários personagens que nem ao menos sei dizer. De tão arrumada que estava, ao fim da brincadeira, estava despenteada e toda molhada de sabão.

Então a arrumei, ainda brincando e sem pensar duas vezes ela cismou de me pentear. Foi quando tive a oportunidade de olhar seu rostinho mais de perto. Meu coração pulsou mais forte e agradeci muito a Deus por sua vida. E dentro do meu coração só tinha espaço para uma coisa: o amor.

Amor. Essa é palavra que define o que sinto agora. Dentro do meu coração não há mais espaço para outra palavra com outro significado. E é tão forte, tão verdadeiro, tão significante. Tudo advém de uma pequenina. Meio magricela e com um sorriso incalculável. Quando ela entrou na minha família, já veio de cara mexendo com todos os significados e com tudo que já era rotineiro. As dores pareciam não ter mais importância. O sorriso agora tinha outro significado. E tudo que parecia grandioso, perto de ti se tornou pequeno. E ela, tão pequena, perto de mim se tornou gigante. É a menina mais linda, do nome mais estanho e forte que conheço. Minha pequena valente me encoraja a ser gigante. Seu olhar é tão puro que de uma só vez purifica qualquer defesa diante do seu olhar.

Haa pequena menina. Se soubesse o quanto faz diferença da minha vida. Se soubesses o quanto curas minhas tristezas, se soubesse que tua vida trouxe a minha vida de volta. Um dia saberá a importância, não somente para mim, mas para todos que te envolve. Minha pequena valente, saiba que neste mundo onde o ódio rege as pessoas, onde a diferença mata um e outro, ser valente como tu és, não é somente necessário como inspirador para tantos homens e mulheres que precisam da valentia de sua essência, da pureza de sua alma e do brilho do seu olhar. Quando crescer há de espalhar pelo mundo este amor como tão bem sua mãe ensina desde a maternidade, e defender o que é certo, como a vida também há de lhe ensinar, na pluralidade dos sonhos e na diversidade do amor.

Barganhei a minha vida à Deus em troca de sua proteção, pois não há no mundo prova maior de amor de quem dá a vida pelo outro. A minha vida é sua. Eu sempre te amarei.

domingo, 19 de abril de 2020

Tempo



O tempo. Ele que tem fantasiado frases de efeito há muito "tempo", tem se tornado um grande vilão nos últimos meses. Nesta mudança drástica do roteiro da humanidade, nos deparamos com um novo papel que o tempo agora interpreta, o vilão. Outrora era ele o grande curandeiro das mágoas, das dores e das aflições. Hoje está, pelo menos na minha vida, sendo um importante carrasco. O tempo hoje é o principal protagonista dos meus tédios. É como se eu estivesse aprisionado em um eterno lupin de solidão, tornando minha vida em uma completa monotonia previsível incapaz de ser criativo em sua roteirização. O assustador é saber, pelo menos pela mídia, que o pior tempo ainda está por vir. O que será de nós?

Há quem enlouqueça com o tempo, mas só o tempo nos dirá. E será ele quem ditará as regras deste jogo. Ao menos não estamos sofrendo com essa tal doença, digo nós, isolacionistas. E peço muito a Deus que isto não seja uma questão de tempo. E por mais pessimista e mal-agradecido que eu aparento-me ser, agradeço muito ao grande criador do tempo que seja esta a minha única reclamação.

Bom, em mais uma noite previsível de insônia, peço a Deus que tudo volte a ser como era antes, afim de nos reencontrarmos com nossas vidas, que jamais será a mesma. As dores, por mais que eu tenha o citado clichê, torço para que ele, o tempo, cure com forme o seu nome faça valer a pena.

sábado, 18 de abril de 2020

Pois bom...



Como diria Pantaleão..."Pois bom". eis-me aqui, novamente me dispondo a escrever e deixar fluir o que meu tímido coração deseja expressar. Nos dias intermináveis de quarentena, me vejo, não mais que rotineiramente, sem saber o que fazer. Não por falta de criatividade, mas por me sentir indisposto a dar o primeiro passo em qualquer que seja a ideia, que vez por outra surge na minha fértil cabecinha. Acontece, que o ambiente seria bem propício para a criação, já que me alojo atualmente no meu trabalho. No entanto, o tal abrigo fantasiou-se de prisão, que além de levar o insalubre nome de quarentena, priva minha mente de fluir.

Teatro, música, qualificação profissional ou até o aperfeiçoamento do intelecto. Tenha uma internet interminável de possibilidades para criar algo novo, ou aprimorar algo em mim. No entanto, odiosamente me vejo procrastinando baboseiras, rindo de memes e me saciando dos prazeres virtuais que a internet proporciona à minha carne. E quase nada produtivo.

O trabalho? Sim, o trabalho. Ele por si, vive tão somente para me manter e não mais do que isso. Coisa que absurdamente ainda me vejo atrasando serviços. Típico de minha parte. Não me orgulho disso.


Como tais promessas absurdas de início de ano, faço aqui meu juramento. Prometo amanhã, começar minha semana, sendo mais produtivo do que antes.

Durmam bem enquanto eu assisto uma série em vez de também dormir. Até!

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Gaveta de Frutrações Artísticas


Meu caro leitor. Poder até lhe parecer ingratidão, se por ventura eu desacreditar de sua existência. Mas é que, por muito tempo tenho acumulado certas frustrações artísticas que tem despertado em mim muita descredulidade. Desde já aceite minhas sinceras desculpas. Há de compreender o coração deste artista que vez por outra ou quase nunca dá as caras por aqui.

Em mais uma frustração pincelo estas palavras com os mais puros e amargos sentimentos de... deixe-me pensar em uma palavra menos objetiva, já que o texto se aparenta tão rico em seu desenvolvimento... desisto! O que quero dizer é que minhas palavras hão de pautar minhas desventuras artísticas, tais como, mais um texto que com toda empolgação me disponho a escreve-lo no entusiasmo de vê-lo montado. Isto, porque inicialmente era apenas um simples texto para alimentar minha saudade em atuar, e, diga-se de passagem, escrever. Minto. Escrever nem tanto, haja vista que tens fugido de mim aquele espírito criativo o qual tanto me animava em pôr as ideais no papel. Este foi até mais complicado de escrever pela sua complexibilidade de conteúdo e a riqueza nos temas abordados. Com ajuda do meu amigo e os estudos do elenco, o concluí com sucesso.

A frustração se vale pela singela ideia de ser simples e concluí-lo complexo e rico. Além de animar-me em participar e dirigir um possível esquete também simples, mas que dado à empolgação, cresceu em ideias pelo entusiasmo do elenco e meu. E assim, como tais outros textos, o arquivei na gaveta de minhas frustrações, dado ao risco do surto da pandemia que alastra a humanidade e assusta o elenco. O mais irônico de tudo é que o texto aborda a crise que esta pandemia tem causado as pessoas e seus respectivos trabalhos. Nos tornamos tema do nosso próprio texto.

Eu não os culpo.