Então surge uma madrugada mais fria do que as demais, mais longa que as demais, mais solitária que as demais. Como se ela tivesse a prevenção de ser diferente, onde o silêncio exercia o papel sagrado da tortura, o frio espalhasse o perfume da tristeza e a solidão fosse tão somente a solidão, mas rigorosamente fiel ao seu papel.
Então aquelas músicas que me fazem lembrar de ti me vence pelo cansaço, me deixando a mercê do amanhã, me dando a certeza que, por enquanto, o amanhã também será como agora. Fria, longa e solitária em um silêncio que nem o mais alto grito possa interromper a dolorosa cura do tempo.
Fim.
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