Se eu te disser que te amo...

Não é por acaso. Sim, eu te procurei. Te procurei da forma mais indiscreta e secreta que só os covardes poderiam procurar, só porque eu te desejei. Te desejei sem compromisso nenhum, só por desejo. Não me dispus a ser alguém que marcasse em sua vida, muito menos você na minha. Eu só queria um pouco de distância, bem mais. Ao ponto de não te perceber, mas de te tocar quando eu mais precisar.
Sim, minha intensão não era nobre, mas me vi enganar na minha súbita mania de não saber dizer não. Perdido, porém ciente me vi em tuas palavras pouco a pouco me embaraçando em sua intenções e simpatias. Me envolvendo de forma fatal nos teu singelos devaneios  Queria eu poder estar errado, mas quanto mais fundo eu me atolava, mas orgulhoso de mim eu ficava, tudo por achar que eu mesmo sabia o caminho de volta. Segui nesse caminho que um dia me perdi, achando que sabia voltar, mas eu não sabia, aliás eu não sei, pois ainda tô perdido.
Não demorou pra eu te dizer que te amo, pois quando te disse pela primeira vez, apenas minha boca era coerente, pois o meu coração não. Relacionamento de duas pessoas aconteciam naquele momento. Tipo onde você está? Vai pra onde? Te quero! Eu também! Até amanhã...
O tempo naturalmente vegetalizou nossos sentimentos que se realmente teve, sufocou-se na melancolia do fim, justamente no incio que tanto estou acostumando a evitar e rotineiramente presente estou.
Eu estou envolvido sim, até sentimentalmente, digo eu. Você é diferente, porém mesmo assim ainda pesa eu dizer que te amo. Profano tais palavras sem a preocupação de suas causas, pois desrespeito o sentimento do outro, mesmo com os argumentos hipócritas de respeito, eu violo tudo isso.
Eu talvez até te amo, mas o amor é tão selvagem pra mim que ainda não percebi que tudo isso que sinto realmente seja amor. Antes que me faltem as palavras, quero te dizer só mais uma vez, para que se evite más condenações. Eu te amo.