Já na minha infância marcada com muita adrenalina, típico de uma menino malino, me vi cercados de colegas que sempre fizeram-se presentes em meu planos maquiavélicos, no entanto não bastava ter cúmplices é necessário que alguém assumisse a culpa das peripécias causadas, é nessa hora que surge em minha vida a pessoa de aparência mais meiga e carinhosa que uns olhos podem ver. A ela devo inúmeras suspensões evitadas com seu singelo olhar de "Gato de Botas", que nunca falhava nos momentos mais necessários, Dhelayde dos Santos.
Mas isso não ficou na infância, chegou a adolescência e nos juntamos a uma pivetinha que sempre nos dava refúgios nos momentos em que queríamos fugir das aulas da tia Zezé, não que suas aulas fossem chatas, muito pelo contrário, mas é que aluno que é aluno tem que pular o muro e gaziar aula.
Belas tarde passamos tomando banho de piscina na cada da Raquel Freitas que mesmo sem consentimento do seu pai, levava seus amigos para escutar Mastruz com Leite ou Ana Carolina, a gosto de Dhelayde.
Dhelayde conheceu Elton que paralelamente me conheceu e que bastasse um encontro para que formássemos um quarteto nada agradável. E assim, as gaziadas das tardes de aula que antes eram para serra, agora fora transferido para um determinado banco na Praça da liberdade, especificamente do lado direito da estátua do historiador Capistrano de Abreu.
Alí tivemos tarde inesquecíveis de risos e muita conversa. Saíamos brigados, geralmente eu e Elton, ou saíamos mais amigos ainda, geralmente Dhelayde e Raquel, mas sempre saíamos mais unidos.
Incomodamos? Sim incomodamos, não por ter uma boa amizade, mas porque fazíamos questão de nos isolarmos dos demais intitulando-se R.E.D.E, uma boba abreviação de nossos nomes que tolamente achávamos incorruptíveis e com isso abriu-se brecha para o fim.
"Se lembra quando a gente
chegou um dia acreditar
que tudo era pra sempre
sem saber que o "pra sempre"
sempre acaba..."
Eu sou estudante de publicidade, que graças a Deus tomei rumo na vida e trabalho com campanhas publicitárias, além de ser continuar como ator, agora profissional onde viajo pelo Ceará com a cia que eu ajudei a fundar.
Por fim, quero salientar esse extremo sentimento de gratidão pela participação importantíssima de cada um na minha vida, onde erros e acertos formas fundamentais para a minha formação pessoal e sentimental. Não me arrependo de nada, no qual ousaria fazer tudo de novo e talvez até com mais intensidade. Temos um extremo carinho um pelo outro onde esporádicas vezes nos encontramos e saudamos esse importante sentimentos que transformou nossas vidas, a amizade.
2 comentários:
Nostalgia.
Quero te ver amarelo. :)
Lindo muito obrigada pela lembrança. :)
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