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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

TEATRO EM MINHA VIDA - Como tudo aconteceu - Parte 1



A Cia Camarim de Teatro faz parte da minha vida, desde os primeiros anos que iniciei na minha vida artística. Quando engessei no mundo encantado do teatro me vi na necessidade de buscar profissionalizar minha arte para vivenciar com mais dedicação tudo que ela me proporciona. Até então passei dois anos participando de projetos e festivais ainda em cunho educacional, tais como o festival que foi fundamental para minha participação de vez no teatro, Festival de Talento das Escolas Públicas (FESTAL) que foi onde tudo começou.


Tudo na minha vida acaba sendo engraçado, muitas vezes até em momentos triste de minha vida toma rumos cômicos. No teatro não poderia ser diferente. Em 2000, no dito FESTAL, minha escola me convidou a participar do grupo de teatro que nos representaria no dito festival. Fui em um ensaio e sem pretensão nenhuma ensaiei alguns papeis. No entanto meu desinteresse não me levou a prosseguir, até que chegou o grande dia, que até então me pegou de surpresa. Vi escolhas com esquetes muito bem produzidas, atores muito bem ensaiados com figurinos excelentemente trabalhos. Foi de encher os olhos. Foi então que partiu um certa curiosidade, como realmente está a esquete da minha escola? Queria eu não ter tido tamanha curiosidade. Fomos o último a se apresentar e definitivamente foi uma das piores esquetes que assisti. O texto eu não poderia dizer que fosse tão mal, afinal de contas falava da assustadora lenda do Açude do Vavaú, do bairro da Outra Banda. Mas a marcação, a projeção de voz, o cenário, o figurino... vergonha alheia nesse momento.

Parece ser petulância minha falar de forma tão negativa de um trabalho que nem ao menos me esforcei para melhorar ou construir. Mas ei-que nasci o motivo maior de minha entrada no mundo do teatro. Me vi na responsabilidade de melhorar esse trabalho, um trabalho tão ruim que levou aos jurados solicitar aos atores que se apresentasse novamente, pois nenhum compreendeu o que fora passado. Isso pra mim foi o fim e desceu sobre mim a responsabilidade de mudar isso. Ver a escola que lhe ensinou ler e escrever sendo humilhada artisticamente para toda cidade é definitivamente deprimente. Então saí daquele teatro disposto a mudar esse quadro. Aquele ano, minha escola ficou em 17º lugar e só não ficou em 18º porque só tinha 17 escolas concorrendo, incluindo a minha.

No ano seguindo não medi esforços para me aplicar no teatro. Estudei, pesquisei e busquei com as fontes disponíveis na época tudo para que então um trabalho de qualidade fosse executado. Chega então o FESTAL e me vejo com muitos amigos todos inteiramente dispostos a trabalhar. Então com ajudinha da minha amada Mazé, eterna coordenadora pedagógica e amiga, montamos uma linda esquete que chegou chegando. É fato que tínhamos grandes concorrentes na época, como Caic, e o Santa Rita que eram até então pioneiros no teatro escola. Chegamos chegando e fomos sem sombra de dúvida a grande supresa naquele ano. Não ganhamos, mas demos um gigantesco salto do 17º do ano anterior, para 4º lugar. Foi realmente empolgante. Foi a partir dali que surgiu essa minha paixão pelo teatro e que se estendeu nas edições seguintes.

Na minha última participação, eu já estava no ensino médio e competindo pela Escola Santa Rita que injustamente ficou em segundo lugar, perdendo para um clara e cínica plágio feita pelos alunos da Escola do Santa Rita.

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