(1ª Parte)
Quando te vi pela a primeira vez, o seu diferencial atingiu
o meu comum e mexeu de certo modo ao ponto de despertar em mim uma vontade
CONTROLADA de querer lhe ver e conhecer. Diante da situação e do meu próprio
cotidiano, pude adiar essa interferência em minha vida, que a meu ver mexeria
legal em mim, e mexeu. Então, por acaso a gente conversa pelo facebook e ao
desenrolar da conversa descobrimos um desejo em comum, de conversar um com o
outro. Talvez esse nosso cotidiano tão diferente, nos proporcionou esse receio.
E então, bastou apenas um círculo vermelho para retirar aquela amarga derrota
da verde e amarela. Quase que sem condições você já estava em meus braços, mas
não como eu queria, mas como qualquer torcedor da camisa amarelinha estaria. Me
vi na responsabilidade de cuidar de você, mesmo achando que a ordem dos fatores
estivesse um pouco alterada.
No entanto, não me prendi aos detalhes da vida, não vi nem
revi motivos e evitei ao máximo não abusar de sua ingenuidade e incapacidade de
tomar conscientes decisões e me restringi. Evitei o pior, no limite da minha
humanidade, evitei. Posso sim dizer que apesar dos limites morais impostos por
mim aquela noite, foi diferente, foi divertida, foi trabalhosa e me
proporcionou vivenciar tudo com muita alegria e dedicação. Você sujou minha
casa, mas limpou meu ego, você abusou do meu corpo, mas deixou intacto meu
coração, você completou, mas em um amanhecer que mesmo diante da minha torcida
para que assim demorasse a chegar, você partiu. Deixou comigo apenas a saudade
e a certeza de que as vezes o amor se manifesta de forma passageira em nossas
vidas, espalhando rastros de sensações, e pode sim proporcionar degustações de
prazer e carinho, de amor e respeito, por mais passageiro que seja, mas você
veio e foi legal, sem amarrar e compromissos.
Após sua partida, assim como qualquer pessoa, eu fiquei com
receio, e sem saber como agir, sem saber como falar ou lhe dar com tudo isso.
Por mais que nossos caminhos dificilmente poderia se cruzar, por mais que
nossos ciclos de amizades fossem favoráveis a um desencontro. O receio de não
saber lhe dar com a situação veio em mim. Por mais bobo que seja da minha
parte, por mais desnecessário que seja, sim eu fiquei preocupado com tudo que
aconteceu, como se do nada você viesse me culpar por forçar qualquer coisa,
sendo que na verdade o que fiz foi cuidar de você da forma mais carinhosa
possível, mas mesmo assim eu fiquei com receios.
Meu receio, por bem logo passou e em mim apenas ficou a
expectativas de que tudo pudesse seguir seu caminho. Bom caro leitor, para quem
lê essa postagem e acha que estou definitivamente apaixonado, devo informá-lo
que tal relato se baseia em uma situação inusitada em minha vida o qual
naturalmente tive que poetizar, pois a naturalidade dos fatos não poderia de
forma nenhuma seguir outro rumo. Por mais belo e singelo sejam a forma que
relato o que aconteceu, confesso que ainda não estou apaixonado e se atentares
o que vem pela frente verás os motivos pelo qual tudo ainda não seguiu esse
rumo aparentemente "certo".
Após a calmaria, do nada você chega em meu facebook para
simplesmente lamentar o que aconteceu, como se não soubesse a importância de
tudo e jogasse tanto carinho e cuidado pela janela, como se não se importasse
"se importando" comigo. Jogando de forma tão incerta uma noite
difícil, porém controlada. Como se não soubesse que entre erros e acertos
estávamos juntos ali, naquele momento e nos divertimos, sem se importar com o
ontem, hoje e depois independente de compromisso com o outro ou não. Dai caiu a
ficha que eu poderia ter sido usado como consolo, como passatempo, distração ou
coisa parecida, como se eu fosse também aquela bebica ingerida no momento da
diversão, mas que no dia seguinte eu lhe proporcionasse tal ressaca o qual me
culparia por simplesmente estar com você. Foi de fato um banho de água fria,
mas que rapidamente fui esquecendo de forma simplificada e amigável em minha
vida. Evitei contato e qualquer possibilidade de expressar frustração ou coisa
parecida. Afinal de contas, por ter te conhecido apenas uma noite, por ter
pouco vinculo ou por não estarmos tão ligados até então, foi até fácil esquecer
você. O que não devo dizer pela situação que tive que passar depois, mas enfim,
facilmente passou.
No entanto a vida nos proporcionaria outro encontro, em outras
situações o que me levará a contar logo mais. E entendam caro leitor, não estou
nem estava apaixonado e meu relato se baseia apenas na frustração de ser jogado
contra a situação, pois não havíamos compromisso com ninguém, muito menos um
com o outro, apenas com o respeito que ao menos da minha parte foi cumprido
rigorosamente. Essa virtude que devemos ter com qualquer um que cruz nossas
vidas. Sim caro leitor, é como se sua mente viesse gritar em minha mente
exclamando afirmações que por mais precoce que seja eu preferiria não escutar. E
se, caro leitor, eu tivesse a pretensão
de me apaixonar no primeiro encontro que mal há nisso, acaso não acredita amor
a primeira vista? Sim caro leitor, por mais que seja essa dura resposta
exclamando em minha mente ou imaginação eu tenho o dom de ousar.
Caro leitor não julgue tão rápido um coração tão jovem.
Entenda-o como um simples pássaro que buscar somente o céu pra voar e que ao
bater das asas possa ser levado contra ao vento e com o vento se ver em um
destino que não busca apenas prende-se ao obvio dos sentimentos. Caro leitor,
seja leve ao me julgar, por mais que foste a primeira vez que me encontraste
nos braços desta pessoa. Afinal de contas, por mais que o destino me quisera em
inconstantes sujeitos, em braços diversos, a essência que só um coração que se
deixa jogar-se ao vento e um amor ainda incompreendido há de se preservar em um
vicio alucinado de emoções. Caro leitor, deixa-me ao vento, deixa-me perder no início
de tudo para que o fim seja para mim apenas o começo.
(2ª parte Clique aqui)
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